sexta-feira, 28 de novembro de 2014

Primeiro capítulo do livro....Olhares diferenciados sobre a infância

Olhares diferenciados sobre a Infância


Quando nos propomos estudar a criança de forma completa, não podemos deixar de lado o meio em que ela vive. A forma como é criada faz toda a diferença no desenvolvimento emocional, físico, social e o espiritual. As crianças que chegam até nós na igreja, vêm cercadas por desejos, sonhos, e na maioria das vezes frustrações, desilusões, carência. Como igreja, temos o papel de levar essas crianças a alcançar os sonhos de Deus, dando a elas a possibilidade de viverem por completo os desígnios de Deus, ensinando-as e instruindo em toda boa obra, assim como está escrito em Colossenses 1.10:
“... para que possais andar de maneira digna do Senhor, agradando-lhe em tudo, frutificando em toda boa obra, e crescendo no conhecimento de Deus”.

A visão da infância que temos hoje é de que a criança é um ser com capacidade de tomar decisões com inteligência, tem personalidade e caráter próprio. Tem vontade e capacidade de aprender e assimilar as coisas ao seu redor, ou seja, é um ser humano como todos nós. Não é difícil pensarmos a criança dessa forma, mas nem sempre o mundo teve essa visão sobre a infância.
Segundo o historiador francês Philippe Ariès (1962), até o século XVII as crianças não eram vistas como qualitativamente diferentes do adulto. O olhar diferenciado sobre a criança teria começado a se formar com o fim da Idade Média, sendo inexistente na sociedade desse período. Segundo esse historiador, isso podia ser visto e comprovado, através das composições artísticas da época, não havia uma característica particular e singular na infância e sim homens de tamanho reduzido. 
As pessoas não se detinham diante da imagem da infância como vemos hoje. Não faziam isto porque a infância, não tinha para eles interesse. Isso faz pensar também que na vida real, e não só nos retratos, a infância era um período de transição, logo ultrapassado, e cuja lembrança também era logo perdida.
É a partir do século XIV que a criança começa a ser retratada. Esses retratos vinham através de figuras como anjinhos, e muito freqüentemente na imagem do menino Jesus, surgindo daí então, a idéia de que a criança era a imagem do homem reduzido.
A criança não estava ausente na idade média, mas nunca era o modelo de um retrato de uma infância real.
Podemos entender que a infância era apenas uma fase sem importância, que não fazia sentido fixar na lembrança. O sentimento de que se geravam muitas crianças para conservar apenas algumas, permaneceu muito forte durante muito tempo. As pessoas não podiam se apegar muito a algo que era considerado uma perda eventual. Assim que a criança crescia, sem necessitar do apoio de sua mãe ou de sua ama, era ingressado na sociedade dos adultos e não se distinguia mais destes. 
Não se pensava como normalmente se pensa hoje, que a criança tinha em si a personalidade do homem. Elas morriam em grande número. A criança era insignificante. Não podemos nos surpreender com este tipo de frieza da sociedade, pois eram comuns nas condições demográficas da época. Assim que a criança superava o período de alto nível de mortalidade, em que sua sobrevivência era improvável, ela se confundia com os adultos.
A descoberta da criança sem dúvida se deu no século XIII e sua evolução no decorrer dos séculos XV e XVI. Foi nesse período que se descobriu que a alma da criança era imortal, e logicamente isso só era concebido devido à cristianização mais profunda dos costumes.
Um novo sentimento da infância pode ser notado, em que a criança, por sua ingenuidade, gentileza e graça, se tornava uma fonte de distração e de relaxamento para o adulto, um sentimento que pode ser chamado de “paparicação”, que são as primeiras demonstrações de interesse pela infância. Nessa época em situações de morte infantil, antes considerada inevitável, e até previsível, era agora recebida com muita dor e abatimento.  
Assim como o olhar diferenciado em relação à criança não é algo comum na Idade Média, o sentimento de família também começa a se desenvolver a partir dos séculos XV e XVI.  Não podemos pensar que a família em si não existia; o que não se observava era a visão dela como algo privado, reservado à intimidade. Nessa época, as relações sociais e a vida pública eram tão presentes que se mesclavam, se confundiam ao ambiente familiar (momentos íntimos eram muito raros).
Veremos neste primeiro capítulo três tipos diferentes de visões a respeito da criança: a visão do mundo, a visão da igreja e a forma como Deus vê seus pequeninos. 



1. A criança na sociedade

Como resquício dos séculos passados, a criança ainda é vista como um ser livre de maldade, sem a capacidade e intenção de fazer o mal, ou seja, “pequenos anjinhos”. 
Esse sentimento nos leva a “tolerar” determinadas atitudes, faltas ou erros cometidos pelas crianças, por isso somos muitas vezes, incapazes de conceber que a criança precisa de salvação, libertação e cura.
Cada dia mais os valores de Deus têm sido deturpados e invertidos. Podemos ver isso nos pais que hoje imploram pelo amor dos seus filhos e em crianças que são verdadeiros ditadores dentro dos seus lares. 
A “exploração da infância” hoje, é um dos fatores mais importantes que impulsionam a economia. São as crianças que levam seus pais a um consumismo exacerbado, sendo que esse consumismo é a tentativa desesperada de suprir os vazios deixados pela falta de limites e valores corretos.

2. A visão da Igreja

“Então lhe trouxeram algumas crianças para que lhes impusesse as mãos, e orasse; mas os discípulos os repreenderam. Jesus, porém, disse: Deixai as crianças e não as impeçais de virem a mim, porque de tais é o reino dos céus”. Mateus 19.13,14

Infelizmente a igreja de hoje também não consegue enxergar a criança como um ser dotado da capacidade de aprendizado, com características, dons e unção própria.
A igreja não leva em consideração que as crianças de hoje certamente serão os futuros pastores, missionários, mestres, apóstolos, ministros.
Essa visão em torno da criança pode ser vista no trato da igreja com os pequeninos. Freqüentemente vemos as crianças colocadas em lugares completamente desestruturados, em condições precárias, líderes completamente incapacitados de levar essas crianças aos seus destinos em Deus. As atividades não passam muitas vezes de distrações, para que os pais participem dos cultos, pois no pensamento geral, são esses que verdadeiramente precisam ouvir a Palavra, participar dos cultos, conhecer Deus.
A dificuldade de recrutar obreiros para esse ministério é uma prova de que as crianças são vistas como um incômodo e não como uma bênção para a igreja.
Em uma pesquisa a APEC revelou que 80% dos adultos que são convertidos hoje, se converteram ainda quando criança!!!  
3. Como Deus vê os pequeninos
“... porque o Senhor não vê como vê o homem, pois o homem olha para o que está diante dos olhos, porém o Senhor olha para o coração”.      1 Samuel 16.7.
Por diversas vezes na Palavra vemos o Senhor repreendendo seus discípulos por impedir que as crianças chegassem até Ele. 
Certamente podemos pensar que esses discípulos achavam que as crianças não eram tão importantes a ponto de receberem uma atenção especial de Jesus, mas Jesus não só as achava importantes, como dizia que se não fôssemos como uma criança, não poderíamos entrarno Reino dos Céus. Quando pensamos a que Jesus se referia, podemos pensar na simplicidade, na sinceridade e também na espontaneidade que a criança possui sem que faça qualquer tipo de esforço para tal. 
Em Mateus capítulo 18, percebemos o quanto Jesus se importava com as crianças, e ainda como Ele queria que olhássemos para esses pequeninos:
“Naquela hora chegaram-se a Jesus os discípulos e perguntaram: Quem é o maior no Reino dos Céus? Jesus, chamando uma criança, colocou-a no meio deles, e disse: Em verdade vos digo que se não vos converterdes e não vos fizerdes como crianças, de modo algum entrarão no reino dos céus. Portanto, quem se tornar humilde como esta criança, esse é o maior no Reino dos Céus. E qualquer que receber em meu nome uma criança tal como esta, a mim me recebe. Mas qualquer que fizer tropeçar um destes pequeninos que crêem em mim, melhor lhe fora que se lhe pendurasse ao pescoço uma pedra de moinho, e se submergisse na profundeza do mar”.
Deus não vê como vê o homem! Deus olha para o que está em nosso coração. Assim como Davi escreveu no Salmo 139:
“Senhor, tu me sondas, e me conheces. Tu conheces o meu sentar e o meu levantar; de longe entendes o meu pensamento. Esquadrinhas o meu andar, e o meu deitar, e conheces todos os meus caminhos. Sem que haja uma palavra na minha língua, eis que, ó Senhor, tudo conheces. Tu me cercaste em volta, e puseste sobre mim a tua mão... Pois tu formaste os meus rins; entreteceste-me no ventre de minha mãe. Eu te louvarei, porque de um modo tão admirável e maravilhoso fui formado; maravilhosas são as tuas obras, e a minha alma o sabe muito bem. Os meus ossos não te foram encobertos, quando no oculto fui formado, e esmeradamente tecido nas profundezas da terra. Os teus olhos viram a minha substância ainda informe, e no teu livro foram escritos os dias, sim, todos os dias que foram ordenados para mim, quando ainda não havia nem um deles”. 
Se o Senhor se preocupa com o que está em nosso coração, logo, agradar ao Senhor não está no muito fazer, ou em grandes canções ou em belos templos. O que verdadeiramente agrada ao Senhor está em nosso coração. E o Senhor nos conhece antes mesmo de termos sido trazidos à existência. Deus deseja é um coração puro! 
Quando Deus olha para uma criança, Ele não vê um ser desprovido de entendimento ou capacidade de conhecê-lo e servi-lo. O sentimento de Deus para com as crianças é o mesmo sentimento que Deus tem para conosco.
Pois eu bem sei os pensamentos que penso de vós, diz o Senhor; pensamentos de paz, e não de mal, para vos dar um fim que esperais. Então me invocareis, e ireis e orareis a mim, e eu vos ouvirei. Buscar-me-eis, e me achareis, quando me buscardes de todo o vosso coração. E serei achado de vós, diz o Senhor...” Jeremias 19.11-14
O Senhor vê Profetas, Mestres, Pastores, Apóstolos, Evangelistas...!
As crianças são herdeiras do Reino de Deus, elas têm livre acesso a esse Reino como vimos em Mateus. O Espírito que habita em mim e em você é o mesmo Espírito que quer habitar em uma criança!
Para termos uma idéia um pouco mais ampla do sentimento de Deus para com os pequeninos, é só lermos à passagem que Jesus fala:
“Vede, não desprezeis a nenhum destes pequeninos; pois eu vos digo que os seus anjos nos céus sempre vêem à face de meu Pai que está nos céus”. Mt 18.10
Deus coloca anjos especialmente para crianças, que dão constantes relatórios ao Pai, tamanho o cuidado de Deus. 
Devemos pensar: se somos discípulos de Jesus, ou pelo menos pretendemos ser, o mínimo que podemos fazer é buscar ter o mesmo sentimento de Deus. E Deus ama seus pequeninos. Devemos amar e cuidar desses pequeninos!

domingo, 24 de fevereiro de 2013

Mais um trecho do Livro: "Como será o trato desse Menino". Espero que curta e comente!


Papéis que Exercemos na Sociedade

A família é importante na medida em que possibilita a cada membro constituir-se como sujeito autônomo.
Nas famílias de hoje, as funções de pai e mãe não são mais tão distintas quanto eram no passado. As tarefas são mais compartilhadas, tanto em relação ao sustento da família quanto em relação aos cuidados com os filhos, desempenhando papéis para que esta permaneça. Para que possamos assumir e cumprir bem o papel que nos foi designado por Deus, precisamos aprender o que cada um tem como responsabilidade. Faço-me lembrar de uma história que ouvi:
Certa vez perguntaram a um homem cujo trabalho era identificar falsificações de dinheiro, como ele fazia para saber quais eram notas falsas e quais eram verdadeiras, pois a quantidade de falsificações no mercado eram muitas, ele prontamente respondeu que não conhecia as falsificações. O homem que perguntou ficou intrigado com a resposta e perguntou qual era o seu método então. O especialista sem medo de errar responde: _Eu conheço muito bem a verdadeira e quando coloco o olho numa falsa sei identificar prontamente!
Essa ilustração nos leva a pensar que precisamos conhecer os desígnios de Deus para as nossas vidas para que tudo o que é falso em nós seja destruído e extirpado de nossas vidas!
Enquanto vivermos temos papéis a cumprir na sociedade, na família, no ambiente de trabalho, etc. Cabe a cada um de nós fazer o melhor sempre como diz a Palavra em Eclesiastes 9.10
Tudo quanto te vier à mão para fazer, faze-o conforme as tuas forças, porque na sepultura, para onde tu vais, não há obra nem projeto, nem conhecimento, nem sabedoria alguma”.
Nos preocupamos demais, gastamos tempo demais buscando conhecer nosso chamado, nosso ministério e nos esquecemos que já possuímos muitas tarefas, nos diferentes papéis nos quais estamos inseridos, veremos com detalhes alguns desses papéis tão conhecidos por nós, e na sociedade em que vivemos extremamente negligenciados.
Paternidade

O papel que cabe ao pai é o de autoridade, disciplina e sustento familiar, os pais têm importante função no contato com o filho e na formação da identidade desta criança. O pai estabelece um contato íntimo com o filho logo após o nascimento.
A função do pai mudou muito, na medida em que a cultura foi se transformando.
Antigamente, o pai encarnava a autoridade e a ele cabia trabalhar e ganhar dinheiro para sustentar a família e a mãe cuidava do lar e dos filhos, era visto com um misto de admiração e de submissão.
O pai era a autoridade suprema, e isto não se discutia. Este quadro mudou completamente nos últimos 20 anos. A mulher se emancipou, ingressou no mercado de trabalho e por isso pai e mãe precisaram redefinir suas funções. Tudo isto contribui para que, hoje, o lugar do pai seja difícil de definir.
Algumas coisas, mesmo hoje em meio ao século XXI, não mudaram; o pai continua sendo essencial tanto pra gerar quanto pra acolher uma criança. Ele continua sendo aquele com quem as mães contam pra compartilhar a função de criar os filhos.
Basicamente, a função paterna é dar limites, de trazer para o mundo do filho a noção de lei e isto é importante para o crescimento do filho, para a maturação, permitindo que a criança aprenda a viver em sociedade, compreendendo os direitos e deveres tanto seus quanto dos outros. O Pai é ainda aquele que define a sexualidade de seus filhos, tanto menina quanto menino, como estes se verão no futuro, qual a visão que tem de si  mesmo.
Mas como cristãos e tementes a Deus como somos reconhecemos que não existe a menor possibilidade de falar sobre esse assunto sem nos referirmos ao nosso Pai Glorioso, ao nosso Abba, pois tudo o que Deus faz e fez é com o intuito de olharmos para Ele, que nossos olhos estejam voltados para Ele exclusivamente e por isso que Satanás está fazendo de tudo para que essa verdade não seja vivida por nós.
Sabemos hoje o quanto a sociedade está perdida, invariavelmente porque as pessoas estão perdidas em seus papéis, pessoas que não fazem a mínima ideia de onde vieram, e nem pra onde vão. Pessoas fracas na própria identidade, que se abalam com facilidade porque não conhecem o Pai verdadeiro e nem o seu poder.
A paternidade basicamente é quem nos define como pessoa. Nos traz o benefício de saber quem somos.
Muitos aqui já ouviram essa frase:
“Eu sou tudo que Deus diz que eu sou, eu posso tudo que Deus diz que eu posso, e eu vou onde Deus diz que posso ir”.
Então porque permitimos que outras pessoas e a própria sociedade ditem nossa forma de pensar, de ser e de agir??
Olha o que a palavra de Deus nos diz:
“Ai dos filhos rebeldes, diz o SENHOR, que tomaram conselho, mas não de mim! E que se cobriram com uma cobertura, mas não do meu Espírito, para acrescentarem pecado a pecado!” Isaías 30.1

De um lado tem muitos filhos que não querem ter pai, não querem a paternidade, sabem que precisam de cobertura, mas não querem exercer os deveres de filhos e dessa forma não tomam posse da herança.
Paternidade é “cobertura espiritual”, e como vimos na cobertura espiritual há princípios, autoridade, relacionamento, herança.
Paternidade e cobertura espiritual, não é tomar o lugar de Deus, um verdadeiro Pai sabe que não pode suprir um filho em tudo que ele necessita, e que somente Deus pode suprir TUDO!
Uma paternidade verdadeira nos conduz a ter um encontro verdadeiro com Deus, pois só Deus é poderoso o suficiente para nos dar tudo o que necessitamos antes mesmo que saibamos que necessitamos!
Um pai espiritual influência, guarda, protege, treina e envia. Todo filho para se desenvolver precisa de um exemplo, precisa de um bom pai.
Só um filho recebe verdadeiramente cobertura espiritual.
Quando temos uma referência de paternidade sobre nossas vidas aprendemos a ter direção e a prestar contas dos nossos atos, pois prestando contas todos os dias somos livres do engano e do pecado.
Deus nunca quis que um homem andasse só, é loucura andar sem cobertura. Um pai corrige, protege, ensina, envia.
Sei que muitos dos que estão lendo este livro tiveram maus pais, pais abusivos, ausentes ou até mesmo não tiveram pais. Muitos ainda tiveram líderes que te sentenciaram, abusaram, ao que parece nada lhes ensinou, ou ensinou com segundas intenções e isso gerou um bloqueio, mas nunca se esqueça que você é filho de Deus e tem uma herança, Ele é o seu Pai e nele está tudo o que necessita!!!
Clame pelo amor do Abba, do paisinho, Ele supre todas as nossas faltas, todas as nossas carências!!

segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

A Primeira parte do Primeiro Capítulo do Livro!! Fresquinho pra abençoar a sua vida!





“E estas palavras, que hoje te ordeno, estarão no teu coração; e as ensinarás a teus filhos, e delas falarás sentado em tua casa e andando pelo caminho, ao deitar-te e ao levantar-te”.
Deuteronômio 6:6-7

O Exemplo arrasta

Todos os dias que ligamos a televisão, lemos um jornal ou uma revista, nos deparamos com situações escandalosas, imorais que vão contra os princípios da palavra de Deus, contra valores estabelecidos por Deus.
A corrupção da moral é um dos sinais de que estamos vivendo nos últimos dias para o retorno do nosso amado Jesus, a bíblia nos alerta e nos relata tais acontecimentos:

“Sabendo primeiro isto, que nos últimos dias virão escarnecedores com zombaria andando segundo as suas próprias concupiscências”.
2 Pedro 3.3

“Sabe, porém, isto, que nos últimos dias sobrevirão tempos penosos; pois os homens serão amantes de si mesmos, gananciosos, presunçosos, soberbos, blasfemos, desobedientes a seus pais, ingratos, ímpios, sem afeição natural, implacáveis, caluniadores, incontinentes, cruéis, inimigos do bem, traidores, atrevidos, orgulhosos, mais amigos dos deleites do que amigos de Deus, tendo aparência de piedade, mas negando-lhe o poder. Afasta-te também desses. Porque deste número são os que se introduzem pelas casas, e levam cativas mulheres néscias carregadas de pecados, levadas de várias concupiscências; sempre aprendendo, mas nunca podendo chegar ao pleno conhecimento da verdade”. 2 Timóteo 3.1-7

“...e, por se multiplicar a iniquidade, o amor de muitos esfriará”. Mateus 24.12

Porque falar sobre a corrupção da moral e dos valores???
Necessitamos de padrões na nossa vida para todas as coisas. Que tipo de padrão tem sido o nosso? Quais estão sendo nossos parâmetros para educar e ensinar nossas crianças.
Uma lição extremamente importante: se não estabelecemos esses padrões outros irão estabelecer: a escola, a televisão o mundo de forma geral.

“Instrui o menino no caminho em que deve andar, e, até quando envelhecer, não se desviará dele”. Pv 22:6

Apesar de não possuir os meus próprios filhos ainda, tenho pra mim e creio que pra você também, tudo o que precisamos saber a respeito de algo, e o único padrão absoluto para tudo que necessitamos está contido na Bíblia Sagrada.
A Bíblia tem um padrão equilibrado e livre de dúvidas e contém tudo o que necessitamos saber para criação de nossos filhos, para todo tipo de relacionamentos e tudo o mais que necessitamos para viver uma vida justa e correta diante de Deus e dos homens.
A bíblia é o único livro que existe que não contém a palavra de Deus, mas é própria Palavra de Deus. É a fonte de tudo que precisamos saber, é a fonte de vida a jorrar por toda a eternidade!
O que a bíblia contém são valores e princípios eternos que não podem ser modificados conforme os anos vão passando, não se corrompe como a moral das pessoas. A Palavra, assim como Deus, é imutável.
Podemos nesse momento pensar: qual a melhor maneira de ensinar a Palavra a aqueles que amamos? Como implantar no coração e na mente esses princípios e valares que cremos?
Não quero aqui determinar de maneira absolutista o que você precisa fazer e como fazer, mas ouso dizer que a maneira mais poderosa de ensinar ao outro é através do exemplo que damos.

Ensina o menino no caminho em que deve andar, e mesmo quando envelhecer não se afastará dele. Provérbios 22:6

Nosso Senhor e salvador Jesus Cristo quando esteve entre nós, provou em tudo ser o Messias e nos arrastou até a sua presença através dos exemplos que nos deu. Com sua vida nos mostrou que é possível vivermos uma vida de santidade, ou seja, uma vida livre de acusações, livre de pecado!

“Ninguém despreze a tua mocidade, mas sê um exemplo para os fiéis na palavra, no procedimento, no amor, na fé, na pureza”. 1 Tm 4:12

Os ensinos de Jesus foram eficazes na formação do caráter de seus seguidores, porque ele vivia aquilo que ensinava. Muitos pais frustram-se na educação de seus filhos por causa de suas próprias incoerências. Há conflito entre o que é ensinado e o que é, de fato, praticado, isto leva os filhos a rejeitar, ainda que inconscientemente, suas orientações e seu ensino.
O objetivo da boa educação e da instrução numa família é levá-los a Deus, assim, teremos filhos com seu caráter aperfeiçoado, bom relacionamento familiar e a sociedade como um todo será beneficiada.

“Tú, porém, permanece naquilo que aprendeste e de que foste inteirado, sabendo de quem o tens aprendido. E que, desde a tua meninice, sabes as sagradas letras, que podem fazer-te sábio para a salvação, pela fé que há em Cristo Jesus. Toda Escritura divinamente inspirada é proveitosa para ensinar, para redarguir, para corrigir, para instruir em justiça, para que o homem de Deus seja perfeito e perfeitamente instruído para toda boa obra.” 2 Tm 3:14-17

E por fim os filhos precisam aprender que em todas as áreas da vida existem regras, normas e horários que devem ser cumpridos. A disciplina traz sabedoria aos filhos e descanso aos pais, e livrará do inferno.

“Não retire da criança a disciplina; porque, fustigando-a tu com a vara, nem por isso morrerá. Tu a fustigarás com a vara e livrarás a sua alma do Seol (inferno)”. Provérbios 23.13,14

A disciplina é o outro lado do ensino. Uma criança com espírito de aprendizagem precisa de muitas explicações, muita paciência e oportunidades para tentar e experimentar, incluindo aí o direito de falhar e aprender através dos erros.
Iremos mais adiante falar sobre um assunto que considero um dos mais importantes na criação de uma geração eleita pelo Senhor como sendo a geração dos últimos dias dos últimos dias que é a disciplina.
Para entendermos a disciplina primeiramente precisamos entender o que é a cobertura espiritual, pois a verdadeira disciplina é aplicada debaixo de uma cobertura, debaixo de um entendimento e de uma missão.

quinta-feira, 21 de junho de 2012


Em breve o Livro: Como será o Trato desse menino??

Prólogo
Juízes 13. 2-24
Havia um homem de Zorá, da tribo de Dã, cujo nome era Manoá; e sua mulher, sendo estéril, não lhe dera filhos. Mas o anjo do Senhor apareceu à mulher e lhe disse: Eis que és estéril, e nunca deste à luz; porém conceberás, e terás um filho.
Agora, pois, toma cuidado, e não bebas vinho nem bebida forte, e não comas coisa alguma impura; porque tu conceberás e terás um filho, sobre cuja cabeça não passará navalha, porquanto o menino será nazireu de Deus desde o ventre de sua mãe; e ele começara a livrar a Israel da mão dos filisteus. Então a mulher entrou, e falou a seu marido, dizendo: Veio a mim um homem de Deus, cujo semblante era como o de um anjo de Deus, em extremo terrível; e não lhe perguntei de onde era, nem ele me disse o seu nome; porém disse-me: Eis que tu conceberás e terás um filho. Agora pois, não bebas vinho nem bebida forte, e não comas coisa impura; porque o menino sera nazireu de Deus, desde o ventre de sua mãe até o dia da sua morte. Então Manoá suplicou ao Senhor, dizendo: Ah! Senhor meu, rogo-te que o homem de Deus, que enviaste, venha ter conosco outra vez e nos ensine o que devemos fazer ao menino que há de nascer. Deus ouviu a voz de Manoá; e o anjo de Deus veio outra vez ter com a mulher, estando ela sentada no campo, porém não estava com ela seu marido, Manoá.
Apressou-se, pois, a mulher e correu para dar a notícia a seu marido, e disse-lhe: Eis que me apareceu aquele homem que veio ter comigo o outro dia. Então Manoá se levantou, seguiu a sua mulher e, chegando à presença do homem, perguntou-lhe: És tu o homem que falou a esta mulher? Ele respondeu: Sou eu. Então disse Manoá: Quando se cumprirem as tuas palavras, como se há de criar o menino e que fará ele?
Respondeu o anjo do Senhor a Manoá: De tudo quanto eu disse à mulher se guardará ela; de nenhum produto da vinha comerá; não beberá vinho nem bebida forte, nem comerá coisa impura; tudo quanto lhe ordenei cumprirá...Depois teve esta mulher um filho, a quem pôs o nome de Sansão; e o menino cresceu, e o Senhor o abençoou.

Essa passagem relata a experiência de um casal ao receber do Senhor uma benção, uma profecia.
Toda palavra profética traz consigo uma responsabilidade. Temos o costume de receber palavras proféticas e descansarmos.
A Palavra nos diz em Jeremias 1.12, que o Senhor vela sobre a sua Palavra para cumpri-la. A palavra velar significa estar desperto, vigilante, estar de sentinela, cuidar atentamente.
É exatamente esse sentimento de descanso que nos afasta e até mesmo nos faz desacreditar daquilo que ouvimos e esperamos.
“Ora, amados, visto que temos tais promessas, purifiquemo-nos de toda a imundícia da carne e do espírito, aperfeiçoando a santidade no temor de Deus”. 2 Cor 7.1
Quando recebemos uma palavra de Deus específica para nós devemos gerar essa palavra, nos preparar, nos aperfeiçoar. Vamos pensar um pouco sobre a gestação:
Em um ato de intimidade e unidade uma criança é gerada, e essa mãe por nove meses, carrega essa criança dia após dia. A cada dia uma expectativa, medos, ansiedade misturada com a alegria e o temor de trazer a existência ao mundo um novo ser, que por mais que sonhemos, visualizemos, jamais será exatamente como esperamos.
Em João 16.21 diz o seguinte:
“A mulher, quando está para dar à luz, sente tristeza porque é chegada a sua hora; mas, depois de ter dado à luz a criança, já não se lembra da aflição, pelo gozo de haver um homem nascido ao mundo”.
Podemos pensar que assim como acontece no mundo natural, acontece também no mundo espiritual como descrito em Mateus 16.19:
“Dar-te-ei as chaves do reino dos céus; o que ligares, pois, na terra será ligado nos céus, e o que desligares na terra será desligado nos céus”.
As promessas de Deus são geradas em nós, mas temos que aguardar o momento do nascimento para conhecermos qual a largura, e o comprimento, e a altura, e a profundidade, do amor de Deus por nós (Efésio 3.18,19). Por mais dolorido e demorado que tenha sido uma espera, no momento em que nos é revelada a verdade, no momento em que Deus chama à existência a promessa, nos esquecemos dos momentos que passaram e nos alegramos pela graça recebida.
Não é difícil confessarmos que sempre recebemos de Deus muito além do que pedimos, do que imaginamos. Isso acontece porque a natureza de Deus é infinitamente maior do que a nossa e como a própria bíblia diz em Hebreus 7.7, o Maior abençoa o menor. A natureza de Deus é infinitamente maior que a nossa. Quando entregamos a nossa vida a Ele, nossos sonhos, nossos planos, nosso coração e até mesmo as promessas que Ele mesmo nos Deus, Ele sendo maior se sente no direito de nos abençoar, pois nós não podemos abençoar a Deus.
E o mais incrível dessa história toda é que a matemática de Deus não é a nossa. A medida de Deus é recalcada, sacudida e transbordante (Lucas 6.38).
Porque falamos então de promessas, de gestação de espera?
Quando entendemos que quando Deus gera em seu coração o desejo de trazer a existência um ser e escolhe uma família onde Ele vai depositar a confiança do cuidado desse. Entendemos a importância de educarmos corretamente, de ensinarmos corretamente e de conduzirmos ao seu futuro corretamente.
Parto do princípio de que nós como Cristãos estamos atentos ao que o Espírito tem falado a igreja através de seus profetas (Amós 3.7). Sabemos pela palavra e pelos prenúncios que estamos verdadeiramente vivendo os últimos dias, dos últimos dias, onde Jesus virá buscar a sua igreja limpa e imaculada.
Essa geração que se levanta hoje, é a geração dos últimos dias, temos ouvido falar de uma geração de profetas, mestres, evangelistas, pastores e apóstolos cheios do Espírito Santo para fazer parte da última colheita. Então qual o nosso papel diante disso? Qual a minha função diante disso?
Esse livro não só nos ensinará como conduzir essa geração ao seu destino profético, como também nos ensinará a resgatar um chamado pessoal e intransferível do Espírito para as nossas vidas. Enriquecendo nosso ministério, nossas igrejas e nossas famílias.
Todas as coisas descritas nesse livro são fruto de anos de espera e de treinamento de Deus.
Que o Senhor nos abençoe a todos!
“Porque todas quantas promessas há de Deus são nele sim; e por Ele o amém, 
para glória de Deus, por nós”. 2 Cor 1.20

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

"O coração de uma mulher deve ser tão próximo de Deus que um homem precisa persegui-Lo para encontrá-la." C.S. Lewis

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012


Provocadores de Milagres
 Apóstolo Fernando Guillen

“Respondeu-lhe Jesus: Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida; ninguém vem ao Pai, senão por mim”. João 14.6

A cultura Hebraica nos remete aos modelos celestiais, ao padrão de Deus. Essa passagem nos remete ao Tabernáculo de Moisés.
O que Deus dizia é que o Tabernáculo era sombra do que viria de modo que, ao ler esta passagem, entendamos que vemos a sombra das coisas, porque a Velha Aliança nos dá a sombra, mas a Nova Aliança nos dá a substância. Israel caminhou na sombra das coisas, mas nós caminhamos na substância delas.
Existiam 3 portas nesse Tabernáculo e quando Jesus disse: _Eu sou O Caminho, a Verdade e a Vida estava se referindo a essas 3 portas. E quando diz isso Ele está dizendo que Ele é o Tabernáculo.
A Primeira porta = ficava entre o pátio e Átrio e é chamada de o Caminho - Ao olhar esta porta você encontrará algo muito importante. Ela é bem alta, o suficiente para não ver o que há por trás. Só passando e entrando é que se pode ver a glória e formosura do Mestre.
A Segunda porta = ficava entre o Átrio e o Lugar Santo e é chamada de A Verdade - onde a verdade era revelada no mobiliário do Lugar Santo (mesa dos pães, Menorah e Altar do Incenso).
A Terceira porta = ficava entre o Lugar Santo e o Santo dos Santos e é chamada de A Vida. O véu, que era chamado de “A Vida” porque ali estava a glória de Deus manifesta, presença de Jesus.
Jesus é o caminho que nos leva ao Pai, ao Santo dos Santos.
Eu posso ser uma pessoa que vai habitar ou no caminho, ou na verdade ou na vida. São 3 dimensões distintas de relacionamento com Deus
Quem determina em que dimensão vou andar sou eu somente!!
Por muito tempo a Igreja de Cristo tem andando apenas na dimensão do átrio

3 dimensões:

1-    Átrio = essa é a porta do “Caminho”. O átrio é o lugar onde todos podiam entrar até mesmo os animais. Era o lugar do altar de sacrifício, onde os animais eram dados em holocausto. O átrio é o lugar da multidão! Lugar de opressão. É o lugar de habitação das ovelhas = crentes ovelhas são aqueles que estão sempre querendo a  prosperidade a qualquer custo, querem somente as benção, querem atenção e oração dos outros, precisa da fé dos outros para sobreviver. A igreja que está nesse patamar é uma igreja egoísta, que pensa que é dela o milagre, é dela a cura, etc. Deus quer que eu ande em um novo nível de unção. Eu preciso passar de ovelha a leão (o símbolo na porta que dava ao Santo Lugar era um Leão).
2-    Lugar Santo = essa é a porta da “Verdade”. É o lugar do incenso, dos pães e da Menorah.
Existem 3 elementos nessa dimensão que caracterizam a Igreja:
a) Altar de incenso = A igreja que anda nessa dimensão é uma Igreja intercessora., é uma igreja que intercede pelos outros, pelo Reino.
b) Menorah = que significa a revelação de Deus. É uma igreja que caminha na unção e na revelação profética.
c) Mesa dos pães da preposição = A igreja que está nessa dimensão dá as pessoas outro tipo de alimento, um alimento mais sólido. É uma igreja que confronta com A Verdade.

3- Santo dos Santos = é a porta da “Vida” = A Arca da Aliança está nessa dimensão. A Arca significa presença manifesta do Senhor. É um nível mais profundo de intimidade com o Senhor! Nessa dimensão também possui 3 elementos que estavam dentro da Arca da Aliança
a) A Vara de Arão = a vara de Arão que floresceu . A igreja que está nessa dimensão exerce mais autoridade, é a mesma autoridade que está sobre Jesus.
b) As Tábuas da Lei = representa a Lei, A Palavra revelada a Toráh. A igreja que está nessa dimensão é uma Igreja que está interessada a estabelecer os modelos celestiais, os modelos de Deus sem religiosidade.
c) O Maná = outro tipo de alimento. A igreja que recebe esse tipo de alimento é aquela que está disposta a receber o fluir do Senhor. Vive da dispensação de Deus, da revelação vinda diretamente do Trono de Deus.
As 3 Dimensões estão em Jesus!
Os milagres não acontecem na dimensão do Átrio. Os milagres acontecem quando eu determino entrar numa dimensão mais profunda na manifestação do Reino Espiritual.
2 tipos de Igreja
Marcos 5.21-34

Jairo representa a Igreja do Átrio e a mulher com fluxo de sangue a igreja que está no Santo dos Santos. Quem está no átrio depende da fé dos outros para conseguir seu milagre. A igreja que está na outra dimensão, vai atrás do seu milagre.
Qual o tipo de igreja (estrutura espiritual) eu pertenço????
Enquanto eu choro e lamento pelos meus problemas existem outros que estão correndo atrás de seu milagre!
A mulher com hemorragia acessou seu milagre em outra dimensão, em uma dimensão onde a multidão não estava. Ela não precisou da fé de ninguém, ela acessou o seu milagre, ela tocou o seu milagre. Mas para isso ela teve que fazer algo que nunca fez, teve que vencer suas limitações.
Jesus estava no meio da multidão e a multidão está no átrio. Essa mulher acessou uma outra dimensão, ela não esperou que ninguém fizesse por ela, ela entendeu que tinha que fazer diferente de todos os que estavam em meio a multidão. Para tocar nas vestes de Jesus ela teve que ultrapassar as barreiras da religião. Ela teve que rastejar para tocar as vestes de Jesus. Essa mulher era considerada imunda , não podia tocar em ninguém e nem ser vista por ninguém, por causa do seu problema de saúde! Mas ela venceu a humilhação, a vergonha a dor e foi determinada a alcançar seu milagre.
Para provocarmos milagres precisamos entrar em uma nova dimensão, tocar na vida, receber a vida para dissipar a morte. Ela tocou a orla do manto, as asas, as abas.
A fé não é simplesmente crer (o diabo crê e estremece), a fé é atuar no que eu creio, é caminhar no que eu creio. O que importa verdadeiramente é o quanto eu estou disposto a atuar no que eu creio.
Que movimento eu estou disposto a fazer para receber o meu milagre????

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

Leis que regem o Mundo Espiritual


LEIS QUE REGEM O MUNDO ESPIRITUAL
Pr. Emerson Ferrel

A vida que conhecemos no mundo natural é regida por leis espirituais. Estamos sujeitos a estas leis desde o ventre da nossa mãe. Dentro do ventre passamos a nos submeter às leis naturais como respirar, depois que nascemos passamos a enxergar, precisamos de comida, temos que obedecer também às leis físicas, governamentais, sociais, etc.
Assim como existem leis naturais, governamentais, sociais, físicas, também existem leis espirituais, o problema está que nossa mente acostumou-se com as leis naturais, passamos a pensar racionalmente, nossos 5 sentidos são treinados desde cedo a absorver as coisas naturais por isso passamos a ser infrutíferos espiritualmente.
A bíblia difere do natural em muitas coisas, a bíblia passa a ser algo frustrante e distante, pois são coisas que ouvimos, lemos mais não conseguimos sequer chegar perto do que lemos.
Nossa tarefa como líderes e como igreja é encontrar o propósito que Deus separou para cada um que se achega a nós. Deus levanta os 5 ministérios para que a tarefa de descobrir quais são estes papéis se torne mais fácil e eficaz. As pessoas precisam ser preparadas e colocadas nos papéis nos quais o Senhor as chamou, e fazer o que o Senhor deseja e não nossa vontade e nosso desejo.
Ec 9.18sabedoria melhor que as armas de guerra

  • Leis e Princípios que ajudam servir melhor ao Senhor:
1a Lei – SEMEADURA E COLHEITA
Na parábola do semeador podemos ver que existem coisas que são semelhantes e outras que se diferem. Aquele que semeia é o mesmo, assim como a semente é a mesma, o que difere é o terreno, o solo no qual a semente vai cair.
Obs: entre 1994 e 1995 começou-se a falar e praticar a batalha espiritual, com isso levantaram-se muitos intercessores que na verdade não foram chamados para isso e muitos tiveram grandes conseqüências espirituais.
GN 1 colheita tem a ver com o que plantamos, a semente é igual ao fruto, o que eu planto eu colho.
O mesmo ensino, a mesma palavra pode provocar mudanças incríveis em uma pessoa e em outras simplesmente não causar nenhum efeito, o que diferencia é o terreno em que esta palavra vai cair.
IMPARTIR – sair de dentro de mim, receber ou dar algo na mesma medida e na mesma proporção da qual recebi, não é conquista própria, é algo que recebo.
A base do discipulado é a reprodução, é reproduzir aquilo que eu sou, por isso o risco que corremos quando queremos colocar pessoas que ainda estão precisando de cura e libertação e que são imaturas para discipular. Maior exemplo disso é Jesus que escolheu 12 entre muitos para pessoalmente discipular, passando a sua fé, seu plano, seu caráter, sua missão por três anos e meio. O discipular não é somente transmitir a palavra, não está somente no campo de ouvir e ver e sim está em trabalhar no caráter, o trabalho de Deus está principalmente em moldar o caráter. Ser discípulo necessita de tempo, passar tempo junto, investimento de tempo, necessita intimidade, discípulo é aquele em que se pode confiar, aquele que confia em Deus e não em nós e muito menos em si próprio.
Quando falamos de terreno estamos falando do caráter e quando falamos de caráter estamos automaticamente falando da nossa alma, o caráter está na esfera da alma.
Os maiores problemas que tenho hoje, não são porque vivi algo que me traumatizou, ou algo que me feriu, mas sim como o meu caráter foi formado, e este não é formado de um dia para o outro e nem curado de um dia para outro, leva-se tempo. O equilíbrio, o correto, vem do caráter transformado, quando este está tratado podemos discernir o que é correto.
Obs: o homem dentro de si tem o desejo de ser reconhecido, e isto sempre está na esfera do ego.
Pessoas que não funcionam bem em momentos de tensão e pressão, não estão preparadas e não tem como servir.
NINROD – Espírito de caçador, é um principado liberado para perseguir aqueles que descobrem qual a sua identidade em Cristo.
Nós não temos conhecimento da infância de Jesus porque o próprio Jesus precisou fugir deste principado até que Ele estivesse pronto para manifestar o seu ministério.
Existe um tempo determinado em que o nosso ministério é manifesto através dos frutos que damos e manifestamos, assim que isto é aparente e como a exercer o ministério consciente automaticamente este demônio é liberado para que eu seja provado, no caso de Jesus foi aos 30 anos.
Como saber que é chegado o tempo de manifestar aquilo pelo qual eu fui chamado?
Não sou eu quem determina o tempo de exercer o ministério, é necessário que antes de ter um título, uma posição na igreja eu manifeste os frutos deste ministério e as pessoas que estão ao meu redor que enxergam estes frutos, que vão saber qual o ministério que Deus determinou para mim.
O próprio ministério de Jesus teve que passar por este processo, precisou que fosse revelado por outro pelos frutos; a primeira pessoa a fazer isto foi João Batista e logo em seguida Jesus foi levado ao deserto para ser tentando por 40 dias e depois disto Jesus continuou a manifestar os frutos daquilo que veio para realizar e estes eram vistos por seus discípulos. De nada valem os títulos que temos se a igreja não vir os frutos pois não é o título que me dá autoridade, não é o título de pastor, de apóstolo, de mestre que me dá autoridade sobre os enfermos, sobre as trevas, etc.
Se me manifestar antes do tempo, ou me colocar em uma posição na qual não fui chamado estou sujeito a tribulações e situações de grande exposição espiritual, sujeito a grandes tribulações, pois tudo o que fazemos para o Reino de Deus e no Reino tem alguma conseqüência tanto no mundo natural quanto no mundo espiritual.
A autoridade de Deus é a vitória na guerra, pois se submeter à vontade de Deus, obedecer, consiste em tomar boas decisões, e na batalha boas decisões são fundamentais pois pelo contrário pode haver sérias conseqüências espirituais e físicas, podendo haver até morte.
As sementes do que faremos e do que somos já estão dentro de nós desde o ventre, e por isso é importante conhecermos o nosso espírito, como diz a palavra conhecer-nos a nós mesmos. Deus vai fazer com que eu seja manifesta no tempo Dele.
A primeira coisa que ocorre quando sou manifesta é a confrontação com o diabo, com o espírito de Ninrod, e se formos obedientes ao tempo de Deus, Ele só fará isto no tempo em que souber que somos capazes de sermos aprovados e prontos para o confronto.
Obs: o profeta deve cuidar de sua dieta , não só pelo que come, o quanto come, mais também com o que vê e com o que ouve, para que o Senhor possa usar todos os nossos sentidos físicos e espirituais.
A manifestação vem proporcionalmente à autoridade para a confrontação. Para enfrentar o diabo tenho que ter autoridade e caráter.
No princípio da semeadura e da colheita os frutos são sempre mais abundantes do que foi plantado, isto serve tanto para frutos bons quanto para frutos ruins.
É fácil reconhecer um ministério quando os frutos são aparentes, quando não sabemos, quando não vimos e quando os outros não vêem em nós é porque simplesmente não há frutos. O título vem depois da função na qual já manifesto os frutos, o título confirma algo que na prática já foi manifesto e isso só acontece quando estamos servindo ao Senhor, quando somos servos.
O fato de semear não significa que teremos bons frutos, como visto depene do terreno em que a semente cai. O diabo começa a atacar-nos quando os frutos começam a ser aparentes. Quando eu descubro a minha identidade eu tenho uma responsabilidade.
O terreno é nossa própria responsabilidade, o terreno é a nossa alma, e é onde se encontram as pedras, os espinhos.
Ex: David e Salomão receberam a mesma semente e os frutos foram completamente opostos.

  • Formas de trabalhar a minha alma, o meu terreno:
1- FIDELIDADE – a alma é trabalhada através da fidelidade. Aquele que é fiel no pouco é fiel no muito. Deus começa nos dando pouco, colocando-nos no pouco, e se enxergar em nós fidelidade com o que nos foi dado nos dá mais, nos coloca em posições mais altas.
A fidelidade está diretamente ligada as decisões que tomamos no nosso dia-a-dia. O Senhor está à procura de pessoas radicais que adorem a Ele em espírito e em verdade, em fidelidade. O quanto eu estou disposto a renunciar por um chamado de Deus, por isso é fundamental a maneira como recebo e de como transmito e evangelho.
2- AUTORIDADE – a autoridade é um revestimento, uma vestimenta, um manto, algo que nos cobre – Mt 21.23. A autoridade é conseguida de duas formas:
I – Impartição* – a autoridade nos é dada por alguém maior, mais na mesma proporção e intensidade daquilo que está sendo partilhado. a autoridade está relacionada com o terreno, com o caráter, a autoridade vem na medida do caráter e toda a autoridade vem de Deus.
II – Obediência – a obediência a Deus é fundamental para receber autoridade. Todas as vezes que damos um passo de fé que parece que não vai nos levar a lugar nenhum, estamos obedecendo sem muitas vezes entender, não podemos ficar da mesma forma, da mesma maneira e com a mesma autoridade, a autoridade está diretamente relacionada à obediência. Obedientes são aqueles que obedecem a Deus.
Obs: Covarde = desobediente. Valentes são aqueles que obedecem a Deus.
A autoridade está diretamente relacionada com a luz, quanto mais luz maior a autoridade. A luz traz entendimento. Uma vida de luz vem através da obediência!
LUZ = ENTENDIMENTO = OBEDIÊNCIA = AUTORIDADE
O enfoque hoje do evangelho está no coração das pessoas, mas a bíblia fala que aquilo que o homem pensa, é aquilo que ele é, o enfoque está no lugar errado. O evangelho tem que mudar a mente da pessoa, a palavra tem que entrar no meu espírito, abrir meu entendimento para que eu possa viver a palavra, para que esta transforme a minha maneira de pensar agir e até de falar.
A medida com que a luz entra, eu respondo com a obediência, e com isto o nível de autoridade vai aumentando em nossas vidas. A luz tem a ver com a forma com que nos conduzimos diante dos homens.
Obs: Deus só manda juízo porque ama seu povo, pois o juízo leva ao arrependimento que leva ao concerto.
O princípio da guerra está em naquilo que guerreamos, contra aqueles que lutamos, não sejamos pegos fazendo as mesmas coisas nas quais condenamos, temos que cuidar para o resto de nossas vidas e cuidar para que não sejamos condenados naquilo que aprovamos.
Ex: lutar contra Jezabel, espírito de sensualidade, sedução e manipulação, e atuarmos e agirmos da mesma maneira que este demônio; fazendo isto trazemos maldiçoes e até conseqüências físicas seriíssimas. Nunca poderei confrontar um espírito de vício e cair em vício.
Os meios pelos quais acontecem as batalhas e a forma de apresentar conta muito no processo de crescimento espiritual. Não podemos receber coisas sem saber de onde estas coisas vêm, ex: receber a unção de alguém que não conheço.
Seguir um ministério, cumprir a vontade de Deus exige de nós abrir mão de tudo.
A autoridade vem para nós através também de um exemplo, para que possamos ser exemplos, matrizes puras de revelação de autoridade. Ser exemplo é ser santo, ser puro, ser separado por Deus com um propósito. Minha vida é um farol de referencia para os outros.
3- AMOR – é na medida do amor que está o poder, que é diferente da autoridade, mas não separado dela.
A guerra que enfrentamos e lutamos, não é uma guerra de ódio contra os nossos inimigos, nós aborrecemos o mal e amamos as pessoas que estão presas a este mal.
At 3.21 – Todas as coisas foram restauradas, o Reino de Deus na Igreja.
As leis de Deus não podem ser mudadas. O Reino de Deus está diretamente ligado as leis que Ele nos deixou, que não podem se romper e nem serem rompidas e está diretamente relacionada à obediência imediata a Deus = caráter. Obediência tardia é desobediência.
Tanto Deus quanto o diabo sabem quem eu sou, não importa o meu título, vai chegar a hora em que eu não vou precisar fazer nada e o ambiente a minha vida vai começar a ser mudado somente pela autoridade e pelo poder que me foi dado através da minha obediência.